Quedémonos aquí

A Poesia do Encontro no Tango de Homero Expósito

A canção "Quedémonos aquí" de Homero Expósito é uma expressão lírica que evoca a ideia de pausa e contemplação no meio da agitação da vida. Através de uma linguagem poética, o autor convida o ouvinte a parar e apreciar o momento presente, sugerindo que a vida, muitas vezes fugaz, merece ser vivida com intensidade e atenção aos detalhes simples, como a beleza de uma flor ou o orvalho da manhã.

A música se desenrola como um diálogo íntimo, onde o eu-lírico se dirige a um amor, pedindo que ambos se permitam desfrutar da quietude e da solidão compartilhada. A flor que se abre novamente é uma metáfora para a renovação e a possibilidade de começar de novo, deixando para trás as noites de esquecimento e a desesperança. A exortação para abrir a vida sem janelas e observar o rio sugere uma abertura para a beleza e a simplicidade da natureza, que pode ser um bálsamo para as feridas do passado.

A canção também aborda a superação, indicando que o uso constante do 'gris', ou seja, a monotonia e a tristeza, pode cegar para a beleza da vida, mas que há um fim para essa cegueira. O convite para 'ver todo o color' é um chamado para a esperança e a alegria que podem ser encontradas quando se decide viver plenamente o presente, deixando o passado 'acobardado no fangal'. A música de Homero Expósito, portanto, é um hino à vida, ao amor e à capacidade de recomeçar.