Romance de Barrio

A Nostalgia do Amor Perdido em 'Romance de Barrio'

A canção 'Romance de Barrio', escrita por Homero Manzi, é uma expressão lírica que evoca a nostalgia e a melancolia de um amor perdido. A letra descreve a evolução de um relacionamento amoroso, começando com encontros iniciais marcados por uma certa distância e timidez, simbolizados pelo 'balcón oscuro' e o 'antiguo jardín'. Esses elementos servem como metáforas para a inocência e a esperança que caracterizam o início de um romance.

À medida que a música avança, ela revela a intensidade dos sentimentos dos amantes através das 'cartas de pulso febril', que denotam paixão e incerteza, com juras de amor e negações conflitantes. O refrão 'Romance de barrio tu amor y mi amor' sugere um amor comum, talvez um amor de juventude, que é ao mesmo tempo intenso e vulnerável. A repetição das palavras 'culpas que nunca tuvimos' e 'culpas que debimos sufrir los dos' reflete um sentimento de injustiça e a dor compartilhada de um amor que, por razões não especificadas, não pôde prosperar.

A última estrofe traz um tom de resignação e aceitação, onde os amantes reconhecem que o amor que compartilharam se transformou em 'ceniza del tiempo', ou seja, em cinzas do tempo, indicando que o que restou são apenas memórias. A música termina com um lamento sobre a incapacidade de esquecer e a crueldade de um adeus que machuca ambos os corações. 'Romance de Barrio' é, portanto, uma canção que fala sobre a complexidade dos sentimentos humanos, a dificuldade de esquecer e a dor de um amor que não pôde ser.