To Be Alone

Conexão e vulnerabilidade em "To Be Alone" de Hozier

Em "To Be Alone", Hozier explora a busca por conexão íntima em meio a um ambiente social hostil e superficial. A comparação entre a intimidade e o "Deus ao qual a heroína reza" destaca como o prazer e o alívio encontrados no contato físico podem ser intensos, mas também perigosos, trazendo tanto consolo quanto autodestruição. Essa metáfora mostra que a necessidade de se conectar profundamente pode se tornar viciante, especialmente para pessoas emocionalmente feridas.

A letra critica uma sociedade que celebra a superficialidade e a violência, como em “the anthems of rape culture loud, crude and proud, creatures baying” (os hinos da cultura do estupro altos, grosseiros e orgulhosos, criaturas uivando). O narrador busca se afastar desse ambiente, encontrando alívio momentâneo na intimidade: “when you kill the lights and kiss my eyes, I feel like a person for a moment of my life” (quando você apaga as luzes e beija meus olhos, eu me sinto uma pessoa por um momento da minha vida). No entanto, esse consolo é complexo, pois envolve aceitar o amor e a vulnerabilidade, como em “to have someone kiss the skin that crawls from you” (ter alguém beijando a pele que se arrepia de você). O refrão “it feels good, girl, it feels good” (é bom, garota, é bom) reforça a intensidade desse alívio, mas também sugere sua natureza passageira e potencialmente destrutiva. Assim, a música revela a tensão entre o desejo de isolamento e a necessidade de conexão genuína, mostrando a dificuldade de se permitir ser visto e amado em um mundo que desencoraja a vulnerabilidade.