Sometimes I'm Right

Reflexão sobre imperfeição e afeto em “Sometimes I'm Right”

“Sometimes I'm Right”, de Hubert Sumlin, aborda de forma direta as incertezas e imperfeições presentes nos relacionamentos. A letra se destaca pela honestidade ao admitir que ninguém está sempre certo ou errado, como Sumlin expressa em “I can't be right always / I can't be always wrong neither baby” (Não posso estar sempre certo / Também não posso estar sempre errado, querida). Essa postura aproxima o ouvinte, mostrando que o amor verdadeiro envolve reconhecer falhas de ambos os lados e dividir a responsabilidade pelos problemas, evidenciado em “All my problems I had / Baby, baby, baby, baby / Baby it was all your just like it was mine sugar / It's my problem baby, too” (Todos os meus problemas que tive / Querida, querida, querida, querida / Querida, eram seus assim como eram meus, querida / É meu problema também, querida).

A influência do blues tradicional, marcada pela trajetória de Sumlin ao lado de Howlin' Wolf, aparece tanto na entrega emotiva quanto na simplicidade da letra. O uso repetido de “baby” e “little girl” cria um clima íntimo, enquanto a guitarra suave reforça o tom confessional. A música não oferece respostas fáceis, mas revela o desejo de acertar e manter o relacionamento apesar dos erros: “that is why I am not going to let you be baby / Mmm little girl I love love you love / You little girl that's why got to be right” (por isso não vou te deixar, querida / Mmm, garotinha, eu amo, amo você / Você, garotinha, é por isso que preciso estar certo). No final, a dúvida permanece – “So why can't I be right, but I know” (Então por que não posso estar certo, mas eu sei) – ressaltando que, para Sumlin, o mais importante é a honestidade emocional e o esforço contínuo, mesmo sem garantias.