Baby o Que Cê Quer de Mim (part. Andressinha)

Empoderamento e autonomia em "Baby o Que Cê Quer de Mim (part. Andressinha)"

"Baby o Que Cê Quer de Mim (part. Andressinha)", do Hyperanhas, destaca-se por inverter a expectativa tradicional de vulnerabilidade feminina em relações casuais. A música coloca as protagonistas no comando, mostrando mulheres que controlam seus desejos e estabelecem as regras do jogo. Isso fica claro em versos como “Não me compara com elas tu não arruma nada / A minha pegada / O jeito que eu faço não tem na quebrada, diferenciada”, onde a individualidade e a autoconfiança são ressaltadas. Essa abordagem é característica do Hyperanhas, que costuma tratar de temas ligados à autonomia feminina e à vivência urbana.

A letra gira em torno de encontros casuais, festas, uso de drogas e liberdade sexual, mas sempre com um tom de autossuficiência e desapego. O refrão “Baby, o que cê quer de mim? / Sem neurose fica mais facin” mostra que a relação só funciona sem cobranças ou expectativas, reforçando a ideia de aproveitar o momento. Expressões como “Nóis dois é mais vibe que lean” (referência à bebida relaxante popular no rap/funk) e “ascende um hacka” (gíria para fumar maconha) conectam a música ao cotidiano jovem e à cultura das festas. No final, o verso “Quer fuder a Andressinha e a Fischer rapidin, rapidin / Vai gozar sim” explicita o desejo e brinca com a quebra da quarta parede, citando as próprias artistas e reforçando o controle feminino sobre a narrativa sexual.