марш

Crítica à repressão e resistência em "марш" de IC3PEAK

Em "марш", IC3PEAK faz uma crítica direta à militarização e ao clima de vigilância constante na Rússia. Imagens como "tanque estacionado bem na porta" e "em vez de guirlandas, arame farpado" mostram como símbolos de celebração são substituídos por elementos de repressão, refletindo o ambiente opressor do país. O verso "sou como uma estranha na minha própria família" reforça o sentimento de alienação, indicando que até mesmo o espaço familiar se torna hostil sob um regime autoritário.

A música é usada como forma de protesto contra o controle estatal e a censura, algo recorrente na obra do IC3PEAK. Isso fica claro em versos como "sem convite entram na minha casa, nova palavra e nova lei" (sem convite entram na minha casa, nova palavra e nova lei), que apontam para a invasão de privacidade e as constantes mudanças de regras impostas pelo governo. A atmosfera sombria, marcada por repetições e imagens de confinamento, transmite o desespero de quem busca pertencimento e liberdade, mas também sugere resistência, como no trecho "não tenho medo dela, não minto para mim". Assim, "марш" retrata a luta interna e coletiva contra a repressão política, usando metáforas visuais para expor a realidade sufocante vivida por muitos jovens russos.