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Colors

Ice T

Cores que protegem e condenam em “Colors”, de Ice T

“Colors” encena um paradoxo: o narrador ostenta as cores como honra e escudo, mas a faixa alerta para o preço mortal desse pertencimento. Composta para o filme de Dennis Hopper, mistura relato cru e crítica social a ponto de o sociólogo Stefano Bloch chamá-la de “o maior texto sociológico” sobre gangues. As cores são lealdade e uniforme de guerra — “Red or blue” (Vermelho ou azul), aceno a Bloods e Crips — que definem identidade, território e destino: “Wear the wrong color your life could end” (Usar a cor errada e sua vida pode acabar). A lógica é a do ciclo de vingança: “You see they hit us then we hit them... It’s like a war” (Você vê, eles nos atacam, então nós atacamos eles... É como uma guerra). O tom é fatalista: “Peace is a dream, reality is a knife” (Paz é um sonho, a realidade é uma faca).

O narrador se assume soldado e produto do ambiente: “My colors, my honour... With my colors upon me one soldier stands tall” (Minhas cores, minha honra... Com minhas cores em mim, um soldado permanece de pé); “My gangs, my family” (Minhas gangues, minha família). A rua vira família e o bairro, fronteira: “My territory don’t cross the line” (Meu território, não cruze a linha). A fama se mede em graffiti: “I’m a star, on the walls is my autograph” (Sou uma estrela, nas paredes está meu autógrafo). Entre poder e medo, ele admite: “My game ain’t knowledge my game’s fear” (Meu jogo não é conhecimento, meu jogo é o medo) e leva a violência ao limite: “Homicide’s my favorite revenge” (Homicídio é a minha vingança favorita). A devastação doméstica é explícita: “My home got jacked / My mother’s on crack / My sister can’t work ’cause her arms show trax” (Minha casa foi roubada / Minha mãe está no crack / Minha irmã não consegue trabalhar porque os braços mostram marcas de agulha). E a visão de morte é quase religiosa: “Death is my sect, guess my religion” (A morte é minha seita, adivinhe minha religião).

O conflito central surge nos trechos falados: ele diz não ter escolha, pede que jovens evitem gangues, mas afirma morrer por suas cores. A mensagem final, “Yo’ll please stop… This is Ice-T, peace” (Parem, por favor... Aqui é Ice-T, paz), rompe o personagem e explicita o alerta: a vida sob as cores rende “dead friends and time in jail” (amigos mortos e tempo na cadeia). Como uma das primeiras críticas mainstream à cultura de gangues da Costa Oeste, “Colors” chegou às paradas como single de Ice T e manteve respeito de rua, com produção de Afrika Islam e cortes de Evil E. O relançamento com o Body Count, em 2020, prova a atualidade: as cores seguem bandeira, alvo e sentença em muitos bairros.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.

Enviada por Flavius e traduzida por Victor. Legendado por Lucas. Revisões por 2 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.



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