Ciclo Monstro

Cultura fitness e humor em "Ciclo Monstro" do Imperio Insano

A música "Ciclo Monstro", do Imperio Insano, aborda de forma direta e bem-humorada o universo do fisiculturismo, especialmente o uso de anabolizantes. Substâncias como "trembolona", "deca", "estanozolol" e "durateston" são citadas abertamente, mostrando como o uso desses produtos é encarado com naturalidade e até certo deboche, como no verso “Agradeço ao trembolona o remedinho do he-man”. Expressões como “os cara tão monstrão saíram dos zoológico” reforçam o tom descontraído e a camaradagem típica das academias, onde a busca pelo corpo perfeito é levada ao extremo, mas também vira motivo de piada entre amigos.

A letra constrói uma trajetória de superação, começando com a lembrança de um passado de fragilidade física — “eu era tão magrim que mau levantava uma anilha” — e chegando à conquista de autoconfiança e reconhecimento: “Hoje levanto a auto estima de milhares no mundão”. O texto valoriza a disciplina alimentar, o treino intenso e faz referência a ícones do mundo fitness, como Arnold Schwarzenegger, Stallone e Zyzz. Isso mostra que o desejo de se tornar “monstrão” vai além da estética, sendo também uma busca por respeito, autoestima e pertencimento a uma comunidade. O humor aparece nas provocações aos “frangos” (iniciantes ou magros) e nas hipérboles sobre o próprio corpo, como “vai renascer o incrível huck”. Ao tratar o uso de anabolizantes de forma leve, a música reflete a ambiguidade da cultura fitness: admiração pelo esforço e disciplina, mas também aceitação dos atalhos químicos. "Ciclo Monstro" mistura motivação, ironia e crítica, servindo de inspiração para quem busca transformação e autoconfiança.