Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 51

Como tu faz a ciência se não existe um sujeito?
Banana, prego, martelo, minha vida é meu direito
Trabalho escravo que paga teu luxo e minha navalha
Sangram os olhos e o peito enquanto a elite gargalha

Corrido, caçado, preso, me veiculam ileso
Eu roubo, fujo, te drogo
Minha culpa é teu desprezo
O que tu diz o teu cocho
Meu prato-feito de resto
Da gema nobre, inocente, reflexo deste excesso

Por tu que muda o mundo acomodado, sentado
Eu, mudo, colo e engraxo na esteira do teu mercado
Gringo, loirinho, o intercâmbio, tudo que é importado

Mas quando é pobre ou preto, um sírio refugiado
Tu finge que não escuta, não vê e fica calado
Não importa o quanto tu grita, protesta contra o Estado
Se o que mesmo te afeta é o capital privado

E eu, sujeito normal, produzo e fico calado
Tu diz drogado, eu não tô
Eu só tô assujeitado
Por todos, ratos e carros
Que abrigam este congresso
Se isso é o democrático
Eu que não quero progresso

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir
Composição: Esther Rheinheimer. Essa informação está errada? Nos avise.

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Indolentes Pés de Abóbora e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500


Opções de seleção