Sono Profundo - Poppy Playtime (Capítulo 3)

Culpa e traumas em "Sono Profundo - Poppy Playtime (Capítulo 3)"

"Sono Profundo - Poppy Playtime (Capítulo 3)", de Iron Master, mergulha no universo sombrio do jogo "Poppy Playtime" para abordar temas como traumas, culpa e a dificuldade de escapar de pesadelos internos. A letra utiliza o Berçário e o personagem CatNap como símbolos da perda da inocência e do confronto com memórias reprimidas, mostrando que o verdadeiro terror não está apenas nas criaturas do jogo, mas também nas lembranças e escolhas do passado. A repetição de frases como “caindo em pesadelos” e “um sono profundo” reforça a ideia de um estado psicológico de fuga, em que o personagem não consegue se libertar dos horrores vividos, mesmo tentando seguir em frente.

O contexto do jogo é essencial para entender as referências a antagonistas como Huggy, Mommy e o Prototipo, que representam diferentes formas de ameaça. CatNap é descrito como “o obstáculo final” e “pior que a Mommy”, indicando uma escalada no perigo. A música também critica a busca por compreensão e esperança em meio ao caos, como no trecho “o dinheiro já se esgotou, compreensão é tão profundo”, relacionando as motivações dos personagens à necessidade de proteger as crianças, mesmo que isso envolva decisões moralmente duvidosas. O verso “o que abandonou um dia, terá que enfrentar” destaca o retorno de traumas não resolvidos, enquanto a "Hora da Alegria" aparece como um evento traumático a ser superado. No final, a dualidade entre vítima e predador é evidenciada, e a música sugere que todos estão presos em um ciclo de destruição e perda, indo além de uma simples trilha de terror para discutir temas universais de medo e sobrevivência.