Amor Fatal

Dor e vingança no relacionamento em “Amor Fatal” de Isa Buzzi

Em “Amor Fatal”, Isa Buzzi explora como a dor da traição pode se transformar em desejo de vingança. A imagem do “coração quebrado que virou uma faca” mostra que o sofrimento não apenas machuca, mas também se torna uma arma contra quem causou a dor. Metáforas como “coloquei seu nome em uma sepultura” e “deixei até uma flor já escura” reforçam o clima de luto e ressentimento, indicando que a protagonista não só lamenta o fim do relacionamento, mas também quer que o ex-parceiro sinta as consequências de seus atos.

O título “Amor Fatal” e o refrão repetitivo ressaltam que esse relacionamento trouxe consequências destrutivas e profundas. Quando a narradora diz “quem é vivo volta e eu sou tipo assombração”, ela sugere que, mesmo após ser emocionalmente “enterrada”, continua presente de forma incômoda na vida do outro. O contexto do álbum “Clube dos Corações Partidos” e as influências de artistas como Rita Lee e Olivia Rodrigo explicam a escolha por uma abordagem intensa e confessional. Assim, a música vai além da tristeza da traição, mostrando também a força e a transformação que surgem desse sofrimento, tornando o “amor fatal” uma experiência marcante para ambos.