Vilã

Empoderamento e resistência em “Vilã” de Isa Buzzi

Em “Vilã”, Isa Buzzi transforma a imagem negativa de ser chamada de vilã em um símbolo de força e autonomia. Ao invés de se colocar como vítima diante de acusações e hostilidades injustas, ela assume o papel de antagonista de forma consciente, usando-o como resposta e enfrentamento. O refrão, “Me chama de má / Pode me odiar / Eu virei vilã / Só pra te mostrar / Que esse filme vai começar / Agora eu faço questão de te assustar”, deixa claro que Isa não aceita passivamente os julgamentos, mas toma o controle da narrativa, mostrando-se ativa e até ameaçadora para quem tentou prejudicá-la.

O videoclipe, ambientado em uma casa assombrada e lançado próximo ao Halloween, reforça a atmosfera sombria e a metáfora do "filme de terror" presente na letra. Elementos como “o perigo tá na porta” e “esse filme vai começar” conectam a experiência pessoal da artista à estética dos filmes de terror, dos quais ela é fã. Ao dizer “Eu nunca te fiz nada / Mas agora é bom correr”, Isa deixa claro que sua postura é uma reação direta à injustiça, e não uma característica natural. Assim, “Vilã” celebra o empoderamento diante da adversidade, mostrando que assumir esse papel pode ser uma forma de autodefesa e afirmação diante de ataques e julgamentos.