A SUBSTÂNCIA

Libertação e hedonismo sem filtros em “A SUBSTÂNCIA”

A música “A SUBSTÂNCIA”, de Isma, aborda de forma direta e sem pudores o mergulho em um estado de descontrole provocado pelo uso de substâncias e pela busca intensa por prazer. Logo no início, a frase “Já imaginou uma versão mais podre de você mesma? Muito prazer, Isma” deixa claro que a proposta é assumir e até celebrar um lado mais ousado e sem filtros, como se a substância ingerida libertasse uma persona sem limites. O refrão repetitivo “Tô ouvindo tuim” sugere um efeito alucinógeno ou a sensação de estar fora da realidade, reforçando a ideia de perda de controle e consciência. A dúvida sobre o que foi consumido (“Não sei se era whisky, não sei se era gin”) mostra que o foco não está na substância em si, mas no estado de liberdade e excitação que ela proporciona.

A letra é marcada por sexualidade explícita e escracho, com expressões como “fogo no rabo” e “vou foder gostoso no meio da revoada”, mostrando uma entrega total ao desejo e à festa, sem preocupação com julgamentos. O trecho “Tô linda, tô solteira, tô pior que o capetá / Na minha pior versão, é putaria a noite inteira” reforça o orgulho de assumir esse lado considerado “errado” e caótico, transformando o que seria visto como negativo em motivo de celebração. O uso de palavrões e xingamentos no final intensifica o tom de rebeldia e afronta, deixando claro que a intenção é chocar e se divertir. No geral, “A SUBSTÂNCIA” é um manifesto de libertação dos próprios limites, hedonismo e irreverência, sem espaço para culpa ou arrependimento.