Amor Não Dá Em Copo (part. Hugo & Guilherme)

Lições em “Amor Não Dá Em Copo (part. Hugo & Guilherme)”

Israel & Rodolffo, com Hugo & Guilherme, viram o clichê da sofrência: quem tenta afogar o amor no bar é justamente quem negou o “eu te amo”. O narrador avisa que, se bebe, é por gosto, não por dor — “eu tô bebendo é porque a minha boca quer e não porque o meu olho chora”. A faixa encena a ressaca moral de decisões impulsivas: “quer desfalar os palavrão/ os vai embora/ os que se foda nossa história”. O enredo mostra o outro “se afogando em água de bar”, ensaiando desculpas e descobrindo, na prática, que “o mundo dá suas voltas” e que “amor não dá em copo”. As imagens de “mesa de lata” e “bem na foto” situam o boteco e a performance das aparências: por fora, pose; por dentro, caos.

Na narrativa, fala quem foi rejeitado e agora está sereno. Já matou a saudade — “bateu as botas” — e devolve o peso para quem recusou o sentimento: “tá na sua cola, te pondo na fossa”. O tom é de ironia calma: deseja “sorte” ciente de que o outro vai tropeçar em “outros porres, amores em off”, expressão que aponta para casos escondidos, relações sem compromisso ou afetos desligados, sem entrega real. No contexto do projeto Let’s Bora UDI, a mensagem fica direta: dá para anestesiar por alguns goles, mas amor mesmo não mora no fundo do copo; quando a realidade chega, sobra arrependimento — e a conta do bar, emocional e literal.