E ala e

Orgulho e resistência cultural em “E ala e” de Israel Kamakawiwo'ole

A música “E ala e”, de Israel Kamakawiwo'ole, é um forte chamado à união e resistência do povo havaiano diante das injustiças históricas. O refrão, com a repetição de “e ala e” (“desperte” ou “levante-se”), funciona como um convite para que todos se mobilizem em busca de justiça e liberdade. Israel utiliza elementos da cultura havaiana para reforçar sua mensagem: o termo “alamihi”, que faz referência ao caranguejo que anda de lado, critica atitudes ineficazes e a falta de ação direta do passado, sugerindo que é hora de adotar uma postura mais firme na luta pelos direitos do povo. Já a palavra “piko”, que significa “umbigo” ou “centro”, destaca a importância da conexão profunda com a terra, os ancestrais e a identidade cultural, mostrando que a verdadeira força vem dessa ligação ancestral.

Em versos como “We, the voices behind the face, of the hawaiian nation, the hawaiian race, rise for justice the day has come for all our people to stand as one” (“Nós, as vozes por trás do rosto, da nação havaiana, da raça havaiana, levantem-se por justiça, chegou o dia para todo o nosso povo se unir”), o artista expressa orgulho e convoca a coletividade para a ação. O trecho “defend our birthright to be free, give our children liberty” (“defender nosso direito de nascimento de sermos livres, dar liberdade aos nossos filhos”) reforça o compromisso com as futuras gerações. Assim, “E ala e” mistura orgulho, esperança e ativismo, tornando-se um símbolo de resistência e preservação cultural para o Havaí.