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Na Face Oculta da Lua

Ivo Fraga

Letra

    Ao abrir-se de um laço
    No corpo aberto do espaço
    Há um galpão e um mate quente
    Que aglutina um viventes

    Há um salso que não chora
    Há um ginete sem esporas
    E um cavalo que flutua
    Na face oculta da lua

    Há um profeta delirante
    De verbo raso e distante
    Há um grito ensandecido
    No silêncio permitido

    Há um poeta por acaso
    Ao pé do monte Parnaso
    E um segredo que cultua
    Na face oculta da lua

    Há um mundo sem tamanho
    Que nada se vê estranho
    De tão cansado de ausência
    O caos cambiou de querência

    Sobre uma calma de açudes
    Há o frio das longitudes
    E um poncho de lã crua
    Na face oculta da lua

    Há no bolicho suspenso
    Um maragato e seu lenço
    Há de lembrar as coxilhas
    Do seu tempo de guerrilha

    Há um chinês de bicicleta
    E uma alegria completa
    No círculo doido que atua
    Na face oculta da lua

    Há um cósmico fandango
    Entre vaneiras e tangos
    Nos letreiros em neon
    Carlito y su bandoneon

    E sobre a noite vazia
    Nasce a nova fantasia
    Que em sonhos se perpetua
    Na face oculta da lua

    Composição: Jaime Vaz Brasil / Ricardo Freire. Essa informação está errada? Nos avise.

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