Vendetta

Ressentimento e superação em "Vendetta" de Izzy Escobar

Em "Vendetta", Izzy Escobar utiliza o termo do título para expressar não só a ideia de vingança, mas também o peso de uma rivalidade pessoal marcada por traição e ressentimento. A artista revelou que a música nasceu de um período de silêncio após uma traição dolorosa, o que torna cada verso um reflexo direto de sua experiência real. Isso confere à canção uma atmosfera crua e autêntica. No verso “Your name started with a V, should've seen it as a sign / That you were his vendetta, and he was never mine” (“Seu nome começava com V, eu devia ter visto como um sinal / Que você era a vendetta dele, e ele nunca foi meu”), Izzy sugere que a nova mulher na vida do ex-parceiro não é apenas uma substituta, mas parte de um ciclo de revanche emocional, levando a narradora a perceber que nunca foi verdadeiramente escolhida.

A letra aborda de forma direta o impacto da traição na identidade e autoestima da narradora. Ao listar semelhanças físicas e circunstanciais com a “outra” — “She's got my eyes, my hair, the same zip code... my lips, my waist, the perfect smile” (“Ela tem meus olhos, meu cabelo, o mesmo CEP... meus lábios, minha cintura, o sorriso perfeito”) — Izzy evidencia o sentimento de ser facilmente substituída, como se sua individualidade fosse descartável. No entanto, ao afirmar “But the walls are haunted by my ghost” (“Mas as paredes são assombradas pelo meu fantasma”), ela mostra que, apesar da tentativa de apagá-la, sua presença permanece na memória do ex-parceiro. O trecho final, “Never told a single soul / Just buried it deep and called myself Jane Doe” (“Nunca contei a ninguém / Apenas enterrei fundo e me chamei de Jane Doe”), reforça o isolamento e a dor silenciosa, enquanto a repetição de “you will never, you will never, you will never, you will never replace me” (“você nunca, nunca, nunca, nunca vai me substituir”) representa um grito de resistência e afirmação diante da perda.