Ginza (part. Anitta)

Sensualidade e multiculturalismo em “Ginza (part. Anitta)”

“Ginza (part. Anitta)”, de J Balvin, chama atenção pelo contraste entre seu título sofisticado — inspirado tanto em um filtro do Instagram quanto no famoso bairro de Tóquio — e a atmosfera sensual e descontraída da letra. Apesar do nome cosmopolita, a música mergulha no universo do reggaetón e das pistas de dança, usando metáforas diretas para expressar desejo e atração física. Exemplos disso aparecem em versos como “Vamos a pegarnos como animales” (Vamos ficar juntos como animais) e “Acércate a mi pantalón, ¡dale!” (Aproxime-se da minha calça, vai!), que deixam claro o convite para uma conexão intensa e sem compromisso durante a noite.

A presença de Anitta, cantando em português, amplia o alcance da faixa e cria um diálogo entre culturas latinas. Trechos como “Entra no meu ritmo, sente o magnetismo” e “Eu te provoco e me jogo na pista” mantêm o tom provocativo, mas também trazem um toque de empoderamento feminino, já que Anitta assume o controle do jogo de sedução. O refrão repetitivo e a batida marcante reforçam a ideia de que a pista de dança é um espaço democrático, onde todos podem se soltar, como em “En esta disco todos somos iguales” (Nesta balada, todos somos iguais). O sucesso internacional da música mostra como a mistura de idiomas, ritmos e referências culturais pode criar um hit universal, celebrando o prazer, a liberdade e a energia das noites latinas.