Never Know

Reflexão sobre incertezas e imaginação em “Never Know”

“Never Know”, de Jack Johnson, aborda de forma direta como as pessoas buscam sentido em histórias e metáforas, mas acabam presas em justificativas vazias e repetitivas. O verso “Where the people keep on killing for their metaphors / But don't leave much up to the imagination” (“Onde as pessoas continuam brigando por suas metáforas / Mas não deixam muito para a imaginação”) critica a tendência de explicar tudo com narrativas prontas, o que limita a criatividade e a compreensão real das coisas. Johnson deixa claro que gostaria de devolver o poder à imaginação, mas reconhece a dificuldade de romper com padrões tão enraizados, como mostra o trecho “So I wanna give this imagery back / But I know it just ain't so easy like that” (“Então eu quero devolver essa imaginação / Mas sei que não é tão fácil assim”).

A música também reflete sobre a incerteza da existência humana. Mesmo sendo “clever, but we're clueless” (“espertos, mas sem noção”), seguimos tentando entender o mundo, mas sem respostas definitivas. A metáfora “just a bubble in a boiling pot” (“apenas uma bolha em uma panela fervendo”) reforça a ideia de que somos pequenas partes de um processo maior e imprevisível. O refrão “Never knowing / We're shocking, but we're nothing / We're just moments” (“Nunca sabendo / Somos chocantes, mas não somos nada / Somos apenas momentos”) resume o sentimento de transitoriedade e a aceitação de que a vida é feita de dúvidas e tentativas. No fim, Johnson sugere que, apesar da busca por verdades absolutas, “the truth is all we got are questions” (“a verdade é que tudo o que temos são perguntas”), convidando o ouvinte a aceitar a incerteza e viver de forma mais leve.