Blame It On The Boogie

A energia contagiante de “Blame It On The Boogie” e o poder do boogie

“Blame It On The Boogie”, do The Jackson 5, transforma uma situação de frustração amorosa em uma celebração animada da pista de dança. A música usa o “boogie” como uma desculpa divertida para tudo que foge do controle, brincando com a ideia de que, em vez de culpar fatores tradicionais como “sunshine”, “moonlight” ou “good times” (luz do sol, luar ou bons momentos), tudo deve ser “culpa do boogie” – ou seja, da música e do ritmo irresistível que dominam quem ouve.

O clima descontraído da faixa, reforçado pelo refrão repetitivo e pelo ritmo dançante típico da era disco, convida o ouvinte a se entregar ao momento e deixar a música conduzir as emoções. Versos como “I just can't control my feet” (“simplesmente não consigo controlar meus pés”) e “Boogie's got me in a super trance” (“o boogie me deixou em um transe total”) mostram como o ritmo é apresentado quase como uma força mágica, capaz de transformar o comportamento das pessoas. Lançada durante o auge da disco music, e em meio à disputa entre versões de Mick Jackson e dos Jacksons, a canção reflete o impacto cultural do boogie, visto como um fenômeno que unia e contagiava multidões. Assim, a música celebra a liberdade e a alegria de dançar, sugerindo de forma leve que, às vezes, é melhor simplesmente “culpar o boogie” do que tentar entender ou controlar tudo o que sentimos.