Tar

Insegurança e vulnerabilidade em "Tar" de JADE

Em "Tar", JADE usa a imagem do alcatrão grudando na pele para mostrar como pensamentos negativos e inseguranças podem ser difíceis de eliminar, mesmo para quem parece confiante. Logo no início, a artista deixa claro que lida com a síndrome do impostor, como em “My imposter syndrome is laughing” (Minha síndrome do impostor está rindo), revelando que, apesar da aparência impecável — “At least I look good / My lipstick don't smudge” (Pelo menos eu estou bonita / Meu batom não borra) —, existe uma luta interna para manter a compostura diante das pressões de ser uma "superstar".

A letra destaca a ironia de aparentar estar bem enquanto tudo está turbulento por dentro. O verso “I know how to force a smile” (Eu sei como forçar um sorriso) reforça essa dualidade: mesmo quando tudo está desmoronando, ela consegue manter a fachada. Imagens como “teddy bear with the head falling off” (ursinho de pelúcia com a cabeça caindo) e “old paint stained on another shirt” (tinta velha manchando outra camisa) sugerem uma aceitação melancólica das imperfeições e dos momentos difíceis, quase como se JADE enxergasse uma beleza estranha no caos. O final abrupto da música, sem uma conclusão clara, reforça a sensação de incerteza e a dificuldade de se livrar dessas inseguranças, deixando o ouvinte imerso no mesmo suspense emocional vivido pela artista.