Kurt

Referências e autenticidade em “Kurt” de Japa

Em “Kurt”, Japa faz referência direta aos “óculos Cobain” logo no início, usando o acessório icônico de Kurt Cobain para expressar uma postura de rebeldia e autenticidade. Essa escolha não é apenas estética, mas também simboliza a identificação de Japa com a atitude do líder do Nirvana, reforçando sua individualidade e confiança desde o começo da carreira: “Desde o início eu soube que ia dar bem”.

A letra mistura influências do hip-hop e trap norte-americanos com elementos da cultura brasileira, evidenciando a conexão de Japa com um lifestyle global. Isso aparece em menções à Mercedes-Benz, ao pole dance e ao rapper Waka Flocka Flame, mostrando como ele integra referências internacionais à sua trajetória pessoal. A música também aborda superação e escolhas, especialmente ao falar sobre abandonar vícios: “Eu não bebo codein / Eu parei com esses xans, o meu novo vício é pussy”. Aqui, Japa faz um jogo de duplo sentido, trocando drogas por outros prazeres, mas sem ignorar os riscos e tentações: “Me fala, por que o pecado te faz feliz?”.

A busca por equilíbrio se destaca na relação com a fé: “Mantenho o meu Deus, meu Deus / Sem ele eu não sei se eu tava aqui”. Mesmo vivendo um estilo de vida agitado, Japa reconhece a importância de uma base espiritual. O refrão “Não se perde na multidão” reforça a mensagem de autenticidade e resistência às pressões externas, conectando sua experiência à de Kurt Cobain e à própria jornada de se manter fiel a si mesmo em meio a diferentes culturas e desafios.