
Choro Esdrúxulo
Jards Macalé
Humor e irreverência linguística em "Choro Esdrúxulo"
Em "Choro Esdrúxulo", Jards Macalé utiliza palavras proparoxítonas de forma sistemática, não apenas como um recurso estilístico, mas como uma maneira de reforçar o tom irreverente e brincalhão da música. Essa escolha faz referência direta à tradição de Moreira da Silva, conhecido por desafiar convenções musicais e linguísticas. O uso dessas palavras incomuns cria um efeito cômico e inesperado, destacando a criatividade e ousadia de Macalé ao manipular a língua portuguesa, algo que se alinha à sua postura experimental e inovadora.
A letra constrói uma autoimagem irônica do narrador, que rejeita rótulos tradicionais ao afirmar que não é "crítico", "melódico", "histórico", "filósofo" ou "sinfônico". Em vez disso, ele se define com termos pouco usuais, como "magnífico", "emboladístico", "metódico no radiodístico" e "matemático num cântico chorístico". Essa sucessão de palavras reforça a singularidade do personagem e sua postura anticonvencional, ao mesmo tempo em que brinca com a complexidade de se autodefinir por meio de expressões rebuscadas. O resultado é uma celebração do humor, da criatividade e da liberdade artística, em sintonia tanto com o espírito de Moreira da Silva quanto com a proposta vanguardista de Jards Macalé.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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