
Farinha Do Desprezo
Jards Macalé
Repressão e resistência em "Farinha do Desprezo" de Jards Macalé
Em "Farinha do Desprezo", Jards Macalé utiliza a expressão do título como uma metáfora forte para abordar sentimentos de rejeição e exclusão, especialmente no contexto da repressão política durante a ditadura militar brasileira. O próprio Macalé já explicou em entrevistas que a "farinha" representa um alimento básico, mas, na música, ela é associada ao desprezo, indicando que a rejeição se tornou algo rotineiro e inevitável na vida do narrador. Isso aparece claramente no verso: "Já comi muito da farinha do desprezo", mostrando uma experiência prolongada de marginalização e resistência.
A música ganha um novo tom quando o narrador declara: "Só vou comer agora da farinha do desejo". Esse trecho marca uma virada, sinalizando a decisão de romper com o ciclo de desprezo e buscar realização pessoal. A oposição entre "farinha do desprezo" e "farinha do desejo" reforça a ideia de transformação e resistência diante da opressão. Outro verso marcante, "Me joga fora que na água do balde eu vou m'embora", mostra a disposição de se libertar do papel de rejeitado e seguir em frente. A sonoridade experimental da faixa, que mistura samba, jazz e rock, reforça esse espírito de ruptura e busca por novos caminhos, refletindo tanto a inquietação artística de Macalé quanto o clima político conturbado da época.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Jards Macalé e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: