
Revendo Amigos (Volto Pra Curtir)
Jards Macalé
Resistência e celebração em "Revendo Amigos (Volto Pra Curtir)"
Em "Revendo Amigos (Volto Pra Curtir)", Jards Macalé faz uma crítica sutil à repressão da ditadura militar ao trocar a expressão original "volto pra cuspir" por "volto pra curtir". Essa mudança, feita para driblar a censura, transforma um gesto de afronta em uma afirmação irônica de alegria e resistência. O verso “Eu vou, mato, morro, e volto pra curtir” carrega a experiência pessoal de Waly Salomão, parceiro de Macalé e letrista, que passou pela prisão durante o regime militar. Aqui, a letra fala sobre ciclos de morte e renascimento, mas também sobre a capacidade de retornar, desafiar o sistema e aproveitar a vida com leveza e humor, mesmo diante das adversidades.
A música mistura elementos da cultura popular nordestina, como xote, xaxado e coco, com uma postura espontânea e livre, expressa em versos como “Se me der na veneta, eu vou”. Essa atitude impulsiva reforça o tom descontraído da canção, mesmo quando aborda temas difíceis. O trecho “Chego num dia, a cidade é careta / Chego num dia, a cidade é porreta” brinca com a imprevisibilidade das pessoas e dos lugares, enquanto “Se eu me perder na nau catarineta” sugere uma viagem sem rumo, típica do espírito contracultural de Macalé. Ao repetir “volto pra curtir”, a música reafirma a ideia de sobrevivência e prazer, mostrando que, apesar das perdas e desafios, sempre há espaço para o retorno e a celebração da vida.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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