
Meu Amor Me Agarra & Geme & Treme & Chora & Mata
Jards Macalé
Contradições do amor em “Meu Amor Me Agarra & Geme & Treme & Chora & Mata”
Em “Meu Amor Me Agarra & Geme & Treme & Chora & Mata”, Jards Macalé utiliza a metáfora do “tigre de papel” para expor a dualidade do amor: à primeira vista, ele parece ameaçador e intenso, mas, no fundo, revela-se frágil e passageiro. A expressão, popularizada por Mao Tsé-Tung para descrever algo que aparenta ser perigoso, mas é inofensivo, aparece nos versos “range, ruge, morde / Mas não passa / De um tigre de papel”. Aqui, Macalé questiona a força real do sentimento, mostrando que a paixão pode ser apenas uma ilusão de poder e permanência.
A letra mergulha nas contradições de um relacionamento marcado por entrega e abandono. O trecho “Numa sala ausente meu amor presente / Me prende entre os dentes / Depois me abandona e vai” destaca a solidão e a instabilidade emocional, elementos recorrentes no tom melancólico do álbum. Imagens como “selvas de seu quarto”, “frases desesperadas” e “lençóis onde me ama / furiosas garras” misturam desejo, vulnerabilidade e desespero, sugerindo que o amor é intenso, mas também efêmero. Além disso, o contexto do pós-tropicalismo e das restrições políticas do regime militar brasileiro se reflete na busca por liberdade e autenticidade nas relações, ecoando o desejo de expressão artística diante da censura e das limitações da época.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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