
Anjo Exterminado
Jards Macalé
Ambiguidade e desejo em "Anjo Exterminado" de Jards Macalé
Em "Anjo Exterminado", Jards Macalé explora a dualidade entre pureza e perda, usando a imagem do anjo que foi destruído para simbolizar tanto a pessoa amada quanto o próprio narrador. A canção retrata uma relação marcada por ausência, desejo intenso e resignação diante de um ciclo repetitivo de idas e vindas. O verso sobre o "fogo louco de paixão" reforça o clima de angústia e obsessão, enquanto a repetição de gestos cotidianos, como "subir e descer escadas, acender e apagar luzes, abrir e fechar janelas", traduz o desassossego e a ansiedade da espera. Jards Macalé já descreveu esse clima como parte do "samba transloucado" da música, destacando o tom inquieto e emocional da composição.
A parceria entre Macalé e Waly Salomão, conhecida por abordar emoções intensas e imagens marcantes, aparece nas metáforas da letra, como em "meu olhar vara, vasculha a madrugada". Esse olhar que atravessa a noite representa a busca incessante pela presença da amada. O "anjo exterminado" pode ser interpretado como a amada, que perdeu sua inocência, ou como o próprio narrador, consumido pela espera. No trecho final, quando o narrador pensa em abandonar a relação, mas reconhece que a amada sempre retorna por não ter "outro lugar onde parar", fica evidente a dinâmica de dependência mútua e resignação, reforçando o tom melancólico e introspectivo da música.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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