Veneno da Serpente 2

A Dualidade do Veneno: Força e Tormento em 'Veneno da Serpente 2'

A música 'Veneno da Serpente 2' de JAX Maromba aborda de maneira crua e direta o universo dos bodybuilders e o uso de esteroides anabolizantes. A letra é uma narrativa intensa sobre a transformação física e mental que esses produtos causam nos usuários. JAX Maromba, conhecido por suas letras que exploram o mundo do fisiculturismo, utiliza metáforas e referências culturais para ilustrar a dualidade entre a força física adquirida e os conflitos internos que surgem com o uso dessas substâncias.

No primeiro verso, JAX Maromba compara sua força à do personagem Obelix, famoso por sua força sobre-humana. Ele descreve a transformação física como algo que assusta os outros, mas revela que internamente enfrenta uma tormenta. A letra também menciona a chegada dos produtos, como o Finaflex e a seringa vermelha, que simbolizam o 'veneno da serpente'. Essa metáfora sugere que, embora os esteroides proporcionem força e crescimento muscular, eles também trazem efeitos colaterais e conflitos internos.

Sonhador, outro artista presente na música, compartilha sua experiência pessoal, destacando a sede insaciável por mais resultados e a transformação de um 'otário' em um 'monstro'. Ele menciona a Trembo Blood e a Masterflex, produtos que moldam seu corpo como uma obra de arte. A letra também aborda a questão da autoestima e do reconhecimento, com olhares medonhos e a busca por validação através do físico. A presença de outros artistas como Leidy Santore, Husky Lion, Gui Bodybuilder, Pump e Maromba Style reforça a ideia de uma comunidade unida pelo uso dos esteroides, cada um com suas motivações e desafios pessoais.

A música 'Veneno da Serpente 2' é uma reflexão sobre os extremos do fisiculturismo, onde a busca pela perfeição física pode levar a um caminho perigoso e solitário. A letra expõe a realidade de muitos atletas que, em busca de um corpo ideal, enfrentam dilemas éticos, problemas de saúde e conflitos internos. A metáfora do 'veneno da serpente' encapsula perfeitamente essa dualidade, onde o que dá força também pode ser o que destrói.