Eu tenho a sede nos lábios, de dores a alma cheia,
Nos olhos marejo anciãs de chegar.
Eu venho de muito longe, de onde a fome campeia,
Eu trago historias bonitas pra contar.
Migrei de campo e sementes, pra não mais ter que semear.
E herdei a sina inclemente, dos que não tem pra plantar.
Segui os rastros deixados pelos que ousaram sonhar
E os ossos dos desgarrados, me diziam pra voltar
Voltei pro berço da pampa, de onde um dia parti.
Reconheci minha estampa, em cada sanga daqui.
Meu zaino quase cansado fareja o chão da querência.
Juntando as forças que restao pra chegar
Andei por terras estranhas cinchando a sobrevivência
Mas o que deixei aqui não tem por lá
Só trago versos tristonhos, que a solidão faz cantar.
Na concha das mãos os sonhos, que ainda pude salvar.
Segui os rastros deixados pelos que ousaram sonhar
E os ossos dos desgarrados, me diziam pra voltar
Voltei pro berço da pampa, de onde um dia parti.
Reconheci minha estampa, em cada sanga daqui.
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Jean Kirchoff & Miro Saldanha Song e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: