
Vou-me Embora pro Passado
Jessier Quirino
Memórias e nostalgia em “Vou-me Embora pro Passado” de Jessier Quirino
Em “Vou-me Embora pro Passado”, Jessier Quirino faz uma releitura bem-humorada do famoso poema “Vou-me Embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira. Enquanto Bandeira sonha com um lugar imaginário, Quirino busca refúgio em um tempo real, o passado, especialmente nas décadas de 1950 e 1960. Ele constrói essa utopia a partir de lembranças concretas, citando figuras como Roy Rogers e Doris Day, carros como Vemaguet e Maverick, além de programas de TV como “Rin Tin Tin”. Essas referências não servem apenas para provocar nostalgia, mas simbolizam uma época vista como mais simples, segura e feliz, onde “lá sou amigo do rei” e tudo parece mais próximo e acolhedor.
A letra detalha aspectos do cotidiano daquela época, mencionando roupas como “calças de Nycron” e “saia plissada”, produtos como “Pó de Arroz da Cachemere Bouquet” e “Áqua Velva”, além de brincadeiras de rua, piqueniques e o hábito de ouvir rádio em família. O passado é apresentado como um tempo de inocência, convivência comunitária e valores sólidos, em contraste com o presente, descrito como “sufocado”, “poluído” e “enjaulado”. Ao idealizar esse tempo, Quirino não só celebra a cultura nordestina e brasileira, mas também faz uma crítica leve e nostálgica às mudanças trazidas pela modernidade. O passado, para ele, é um abrigo onde “não se vê violência / Nem droga nem tanto mau”, e onde até o futuro parece mais promissor: “Lá, tem muito mais futuro / Vou-me embora pro passado”.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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