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Fado do Estudante

João Braga

Que negra sina, ver-me assim
Que sorte vil, degradante
Ai que saudade eu sinto em mim
Do meu viver de estudante

Nesse fugaz tempo de amor que dum rapaz é o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao ar, cabeça ao léu, sem me ralar vivia eu
A vadiar e tudo mais eram cantigas

Nenhuma delas me prendeu
Deixá-vas sempre, era canja
Até ao dia em que apareceu
Essa traidora da franja

Sempre a tenir, sem um tostão, batina a abrir por um rasgão
Botas a rir, um bengalão e ar descarado
A malandrar com outros mais ia dançar p’rós arraiais
P'ra namorar, beber, folgar, cantar o fado

Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
Os professores, a faculdade
E a mesa da anatomia

Evoco em mim recordações que não têm fim
Dessas lições frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava e se eu estudasse hoje inda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana

O fado é toda a minha fé
Encanta, embala e enebria
Dá gosto às vezes ouvi-lo até
Na rádio ou telefonia

Quanto é tocado com calor, bem atirado e a rigor
É belo o fado, ninguém há quem lhe resista
É a canção mais popular, tem emoção faz-nos vibrar
E eis a razão de eu ser doutor e ser fadista

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