Chasque De Violão

Nostalgia e raízes em “Chasque De Violão” de João Chagas Leite

“Chasque De Violão”, de João Chagas Leite, explora a saudade e o apego às raízes por meio do pedido de um "chasque" (mensagem), que simboliza o desejo de manter viva a ligação com o passado e a terra natal. A música destaca o tom nostálgico quando o narrador pede notícias simples do interior, como saber se "ainda há lambaris saltitando entre as barrancas" ou se "as asas das garças brancas" continuam presentes nos campos. Essas imagens do cotidiano rural mostram o valor afetivo das pequenas lembranças para quem está longe de casa. O verso “vou morrendo de saudade dos meus tempos de guri” reforça a saudade da infância e da simplicidade da vida no campo, em contraste com a solidão e o ritmo acelerado da cidade.

A letra traz referências regionais e pessoais, como o pedido para trazer "um litro de gengibre" de Libres, um disco do Ramón e um livro do Neruda, além de checar se "o meu nome no portão" ainda está lá. Esses detalhes evidenciam o desejo de preservar laços e memórias. O abraço pedido ao "salso chorão" (árvore típica do sul) funciona como uma metáfora afetiva, tratando a árvore como uma guardiã das lembranças. Mesmo sem informações específicas sobre a inspiração da música, a trajetória de João Chagas Leite, marcada pelo apego à cultura gaúcha, reforça o sentido de valorização das origens e da vida simples, temas centrais do nativismo gaúcho presentes em “Chasque De Violão”.