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LetraSignificado

    Solidão e introspecção rural em "Alma de Poço"

    "Alma de Poço", de João de Almeida Neto, destaca o contraste entre a juventude física e o esgotamento emocional. No refrão, a letra evidencia esse conflito: “Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço, jeito de rio; Ai, ai, ai de mim, alma de poço, peito vazio”. O “corpo de moço” representa vitalidade e energia, enquanto “alma de poço” sugere uma profundidade escura e parada, simbolizando solidão e falta de sentido, mesmo em meio à força da juventude.

    A música traz elementos do cotidiano rural gaúcho, como em “mateio desprevenido” e “solidão bate no rancho”, conectando o sentimento de isolamento à vida no campo do Rio Grande do Sul. Expressões como “madrugada mais lubuna” (madrugada escura, traiçoeira) e “os meus olhos tresnoitados” (olhos que não dormem) reforçam o clima de insônia e inquietação. O verso “a vida põe sal na boca e o mate não mata a sede” utiliza símbolos regionais para mostrar uma sede existencial, que não se resolve com os rituais diários. Já “Que me importa o sol na cara se a alma não amanhece?” resume a melancolia da canção, mostrando que a luz do dia não dissipa o vazio interior. Assim, a música constrói uma narrativa de introspecção e desencanto, marcada pela paisagem rural e pela presença constante da solidão.

    Composição: Antônio Ferreira / Vinicius Brum. Essa informação está errada? Nos avise.

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