
Bom Vaqueiro
João do Vale
A despedida do vaqueiro em “Bom Vaqueiro” de João do Vale
“Bom Vaqueiro”, de João do Vale, retrata com sensibilidade a trajetória de Mestre Costa, um vaqueiro lendário do sertão maranhense, ao enfrentar a transição da vida ativa para a velhice. A música utiliza expressões e imagens típicas da cultura regional, como “muntado”, “barbatão” e “gibão”, que aproximam o ouvinte do universo dos vaqueiros e reforçam a autenticidade do cenário sertanejo. No trecho “Hoje em vez de peitoral / Traz no peito uma paixão / De não poder vaquejar / Nem vestir o seu gibão”, a letra destaca a troca do vigor físico e da rotina pelo sentimento de saudade e impotência diante do tempo, criando um tom nostálgico marcante.
A canção faz um paralelo entre a dor do vaqueiro que não pode mais exercer sua função e o sofrimento de quem perde um grande amor, como em “Sofre igual quem ama alguém / E vê com outro, passar”. Essa comparação mostra a intensidade da ligação entre o vaqueiro e sua antiga vida, tratando a perda da juventude quase como uma perda amorosa. A repetição de “Mocidade deixou ele / Ele também deixou ela / A véice montou nele / Ele desmontou da sela” sintetiza a inevitabilidade do envelhecimento, usando a metáfora da sela para ilustrar a passagem do tempo e a inversão de papéis: agora é a velhice que domina o vaqueiro. Ao incorporar elementos do aboio, a música reforça sua conexão com as tradições orais do sertão, tornando-se um retrato fiel e emotivo da cultura e das emoções do vaqueiro nordestino.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de João do Vale e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: