
Carcará (part. Chico Buarque)
João do Vale
Resistência e denúncia social em "Carcará (part. Chico Buarque)"
"Carcará (part. Chico Buarque)", de João do Vale, usa a figura do carcará, ave de rapina típica do sertão nordestino, como símbolo da força e da luta pela sobrevivência do povo do sertão diante das adversidades, como a seca e a fome. O verso “Carcará, mais coragem do que home” destaca a necessidade de coragem e resistência do sertanejo, comparando-o ao pássaro que sobrevive mesmo nas condições mais difíceis. A imagem do carcará que “pega, mata e come” e que “come inté cobra queimada” funciona como uma metáfora direta para a adaptação e resiliência dos nordestinos diante da escassez.
A música foi lançada durante a ditadura militar e apresentada no espetáculo "Opinião", o que reforça seu papel como hino de resistência e denúncia social. A letra não só retrata a luta diária pela sobrevivência, mas também critica o descaso e a desigualdade social enfrentados pelo povo nordestino. Em versões posteriores, como a de 1982, a canção faz referência ao contraste entre o luxo destinado à Rainha Elizabeth e o sofrimento do sertão, ampliando ainda mais sua crítica social. Assim, "Carcará" se consolida como um símbolo atemporal de resistência, coragem e denúncia das injustiças sociais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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