
Curare
João Gilberto
A brasilidade e o poder feminino em “Curare” de João Gilberto
Em “Curare”, João Gilberto utiliza o termo que originalmente designa um veneno indígena para criar uma metáfora sobre o poder de sedução e o impacto arrebatador da mulher retratada na canção. O curare, nesse contexto, simboliza como a beleza e a presença dessa mulher são tão intensas que "envenenam" de paixão. A letra faz referências diretas à cultura indígena e afro-brasileira, como em “olhos de índia”, “toda a Bahia” e “flor mocambo da gente de cor”, valorizando a diversidade e a identidade nacional ao conectar a figura feminina à riqueza cultural do Brasil.
A música exalta a mulher como uma síntese da brasilidade, misturando elementos de diferentes origens. Trechos como “Faz do amor confusão / Numa misturação / Bem banzeira, inzoneira / Que tem raça e tradição” celebram a miscigenação e a tradição popular. Expressões como “boquinha vermelhinha / Rasgadinha tem veneno como quê” reforçam o duplo sentido sensual, associando o desejo ao perigo sutil do curare. A canção vai além do elogio à beleza, abordando também autenticidade e intensidade dos sentimentos, como no verso “você é diferente / dessa gente que finge querer”. A interpretação minimalista de João Gilberto destaca o tom afetuoso e intimista da composição, ressaltando a delicadeza e a profundidade desse retrato da mulher brasileira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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