Coração de Vaqueiro (part. Iguinho e Lulinha e Tarcísio do Acordeon)

Liberdade e orgulho nordestino em “Coração de Vaqueiro”

A música “Coração de Vaqueiro (part. Iguinho e Lulinha e Tarcísio do Acordeon)” de João Gomes destaca a liberdade e a independência do vaqueiro nordestino. O verso “Coração de vaqueiro nunca, nunca vai ter dona” deixa claro que, mesmo diante de paixões e encontros intensos durante as festas de vaquejada, o protagonista valoriza sua autonomia acima de tudo. A letra explora a dualidade entre desejo e compromisso, mostrando que, apesar do clima de sedução e dos momentos de intimidade – como em “fazer amor dentro do meu caminhão” –, o vaqueiro mantém sua essência livre.

A canção também celebra a cultura da vaquejada, um símbolo marcante do Nordeste. Elementos como “brilho da espora na bota” e “pegada bruta misturada com carin” reforçam o charme e a autenticidade do estilo de vida rural, atraindo até quem vem “lá da city” para conhecer esse universo. O vaqueiro é retratado como um símbolo de desejo e orgulho regional, sem abrir mão de sua independência. O duplo sentido em “vaquejada acabou, mas a cavalgada não” sugere que, mesmo após o fim da festa, o espírito aventureiro e a energia do vaqueiro continuam, tanto literalmente quanto de forma figurada, reforçando a ideia de que ele está sempre pronto para novas emoções, mas sem se prender a ninguém.