A Lenda do Minuano
João Lucas Cirne
O vento mítico e a identidade gaúcha em “A Lenda do Minuano”
A música “A Lenda do Minuano”, de João Lucas Cirne, transforma o vento minuano em um símbolo que vai além do fenômeno natural, tornando-o um personagem mítico central na cultura gaúcha. A canção atribui ao minuano poderes sobrenaturais, conectando-o a lendas indígenas, como no trecho “feitiço de uma índia que assombra os homens com seu vento minuano”. Aqui, o vento é apresentado como uma força capaz de influenciar o destino das pessoas, funcionando como elo entre o mundo físico e o espiritual. A ideia de que o minuano pode “petrificar” quem se deixa seduzir por seu canto reforça o respeito e o temor que ele inspira no imaginário popular do sul do Brasil.
A letra também valoriza tradições e crenças regionais, citando figuras como Anahy “en las missiones” e práticas de proteção espiritual, como o uso da “cera de lixiguana”. O verso “Hay que poner a tal cera de lixiguana / Pra não quedar-se em danação espiritual” mostra que o minuano é visto tanto como encantador quanto ameaçador, exigindo rituais para afastar seus perigos. Ao repetir “Sopra o vento minuano, minuano, sopra o vento / Carrega por toda a pampa, este nosso sentimento”, a música celebra o vento como portador da tradição e do sentimento coletivo, reforçando o orgulho e a ligação afetiva dos gaúchos com sua terra e suas lendas. Assim, João Lucas Cirne une natureza, cultura e misticismo, fazendo do minuano um símbolo vivo da identidade regional.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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