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No Bailão da Catacumba

Joca Martins

Letra

    Bem lá no meio do nada, perto de coisa nenhuma
    Donde o "chinedo" se apruma pro alvoroço da peonada
    Uma gaita pianada com mofo na baixaria
    Resmunga até clarear o dia pra o bailão da gauchada

    No costado do salão se erguia a tal catacumba
    Que noite afora retumba o gaguejar da cordeona
    O defunto uma dona descança ao som do pandeiro
    No velho embalo campeiro de bailar co´as querendonas

    O baile corria solto e as normas junto ao balcão
    Não tá livre de carão quem chegá de atravessado
    É pra bailar separado em respeito a falecida
    A canha só destorcida num guaraná bem gelado

    Fica um retoço dos "bueno"
    Quando a cordeona retumba
    E o chinaredo se assanha
    No bailão da catacumba

    Numa prosa ao pé do ouvido de uma guria da zona
    Vinha o viúvo da dona numa marchita valseada
    A carcaça cambaleava e encordoava o meneio
    Sempre no mesmo floreio de uma vaneira largada

    No final do rebuliço um namoro de campanha
    Meia boteja de canha pra galopear no caminho
    Um resmungo de carinho bem no cogote da prenda
    O resto deus nos defenda "vamo ajeitá" despacinho


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