
Catedral
Joca Martins
Espiritualidade e ancestralidade na música “Catedral” de Joca Martins
A música “Catedral”, de Joca Martins, explora a profunda ligação entre o povo gaúcho e sua terra, usando a imagem da catedral como metáfora para transformar o solo em um espaço sagrado. No trecho “de bronze, estou de joelhos catedral / No pedestal que cala os sinos, faço prece”, a letra mostra que a reverência à terra substitui os rituais religiosos tradicionais, destacando o solo, as ruínas indígenas e a natureza como verdadeiros templos de memória e devoção. Expressões como “terra vermelha é minha cor no arrebol” e “sol no sangue” reforçam o sentimento de pertencimento, mostrando como a identidade gaúcha está profundamente ligada à paisagem e à história local.
O contexto nativista da música aparece nas referências aos guaranis e aos pássaros típicos da região, como o bem-te-vi e o quero-quero, o que evidencia a continuidade entre passado e presente. Ao citar “ruinas índias e horizontes” e “mãe divina, em berço livre”, a letra demonstra respeito pelas origens indígenas e pela força feminina da terra. A busca por perdão e gratidão revela uma postura humilde diante da história e dos ciclos naturais. A imagem do “templário” soprando como vento representa o guardião que, mesmo diante das perdas e do tempo, mantém viva a prece e a coragem de proteger esse patrimônio imaterial. Assim, “Catedral” se destaca como um tributo à terra gaúcha, à ancestralidade indígena e à espiritualidade presente na relação entre homem e natureza.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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