Flutua (part. Liniker)

Resistência e liberdade no amor em “Flutua (part. Liniker)”

A música “Flutua (part. Liniker)”, de Johnny Hooker, destaca-se como um manifesto de resistência e liberdade para afetos LGBTQIA+. O verso repetido “Ninguém vai poder, querer nos dizer como amar” desafia diretamente as tentativas de controle social sobre o amor, funcionando como um mantra de afirmação da individualidade. O contexto do lançamento e apresentações marcantes, como o beijo entre Johnny Hooker e Liniker no Rock in Rio, reforça o caráter político da canção, transformando sua melodia delicada em um ato de coragem contra a homofobia.

A letra revela a vulnerabilidade de quem ama em um ambiente hostil, especialmente nos versos “O que vão dizer de nós? / Seus pais, Deus e coisas tais”, que expõem o peso do julgamento familiar, religioso e social. Ao mesmo tempo, há uma recusa em se submeter ao medo: “Baby, eu já cansei de me esconder / Entre olhares, sussurros com você / Somos dois homens e nada mais”. O convite para dançar e flutuar juntos antes que a noite acabe expressa a urgência de viver o amor plenamente, apesar das adversidades. O videoclipe, ao mostrar um casal gay com deficiência auditiva enfrentando a violência, amplia a mensagem da música, evidenciando que a luta pelo direito de amar envolve múltiplas formas de resistência. Assim, “Flutua” se firma como um hino sensível, que celebra o amor livre e a esperança de um futuro sem medo.