MODUS

A luta por autenticidade em "MODUS" de Joji

Em "MODUS", Joji explora a sensação de estar preso a um modo de vida automatizado, como se fosse programado por forças externas. Ele usa a metáfora da máquina para mostrar como a indústria musical pode transformar artistas em produtos, tirando deles a autenticidade e a vulnerabilidade. Isso fica claro em versos como “I am machine, I stay alive” (Sou uma máquina, continuo vivo) e “I don't feel the way they programmed me to feel today” (Não me sinto do jeito que me programaram para sentir hoje). Joji critica a pressão para se encaixar em expectativas impostas por agentes e executivos, que funcionam como "programadores" de sua identidade artística.

A letra também traz a comparação entre ser um Chevy ou um Sentra, onde Joji expressa o desejo de ser visto como alguém autêntico e robusto (Chevy), em vez de padronizado e sem personalidade (Sentra). O título "MODUS" sugere a busca por um modo de viver que permita conciliar as exigências do mercado com a preservação da própria essência. A repetição de frases como “We try, we try / And when they say they're satisfied / They're lying, they're lying” (A gente tenta, a gente tenta / E quando dizem que estão satisfeitos / Eles estão mentindo, estão mentindo) reforça a insatisfação constante e a dificuldade de encontrar realização genuína nesse ambiente. O tom melancólico da música se intensifica quando Joji admite não ser "forte o suficiente" para corresponder às expectativas, revelando sua luta interna entre o desejo de controle e a sensação de impotência diante das pressões externas.