Se Eu Prestasse

Frustração e autenticidade em "Se Eu Prestasse" de Jonathan Pacheco

"Se Eu Prestasse", de Jonathan Pacheco, aborda de forma bem-humorada a frustração de quem tenta mudar por outra pessoa sem receber o mesmo em troca. Logo no início, o eu lírico revela o quanto se dedicou ao relacionamento: “Eu já aquietei na vida, larguei de bebida / Até larguei os vício pra viciar nessa mulher”. Esses versos mostram que ele abriu mão de antigos hábitos para agradar a parceira, mas não encontrou reciprocidade. A mulher, por sua vez, “só quer ficada / Não quis nada sério”, deixando claro que não está disposta a investir na relação.

O refrão traz um tom irônico e resignado: “Se eu prestasse cê faria igual!”. Jonathan Pacheco usa essa frase para brincar com a ideia de que, se ele realmente fosse valorizado, a parceira também faria um esforço semelhante. Expressões populares como “largar dos contatinho” e “deixar de torar o pau” reforçam o tom descontraído e aproximam a música do cotidiano do público. No fundo, a canção reflete sobre autenticidade e aceitação, mostrando que não adianta tentar se encaixar nas expectativas do outro se não há vontade de ambos os lados. A mensagem final é clara: é melhor ser verdadeiro consigo mesmo do que se anular por alguém que não valoriza o esforço.