Samba da Utopia

Resistência e esperança coletiva em “Samba da Utopia”

O videoclipe de “Samba da Utopia”, de Jonathan Silva, é dedicado a Marielle Franco e Moa do Katendê, figuras marcantes na luta contra a violência e a intolerância no Brasil. Essa escolha mostra que a música vai além de um simples convite à esperança: ela se posiciona como um manifesto de resistência e justiça social. Jonathan Silva utiliza palavras como “poesia”, “sabedoria”, “rebeldia”, “teimosia” e “utopia” como símbolos de enfrentamento em tempos difíceis, reforçando sua intenção ao afirmar que se arma “de poesia até os dentes”.

A letra apresenta respostas criativas e otimistas para situações adversas: diante do peso do mundo, recorre-se à poesia; frente à ignorância, busca-se sabedoria; quando há retrocesso, a rebeldia é necessária; e, para o desânimo, a teimosia se torna fundamental. O trecho “Pegue o tambor e o ganzá / Vamos pra rua gritar / A palavra utopia” resume o espírito coletivo e combativo da canção, sugerindo que a utopia — o sonho de um mundo melhor — só se concretiza com ação conjunta e persistente. Assim, “Samba da Utopia” se destaca como um hino de esperança ativa, usando a leveza do samba para impulsionar a transformação social.