
Zumbi
Jorge Ben Jor
Resistência e esperança em "Zumbi" de Jorge Ben Jor
Em "Zumbi", Jorge Ben Jor destaca a origem dos africanos escravizados no Brasil ao citar regiões como Angola, Congo e Benguela logo no início da música. Essa escolha não é apenas uma referência histórica, mas uma forma de dar identidade e dignidade aos povos trazidos à força, contrapondo-se à desumanização da escravidão. Ao mencionar "Aqui onde estão os homens / Há um grande leilão", o artista retrata de maneira direta o ambiente dos leilões de escravos, e a expressão "princesa à venda" evidencia que até pessoas de alta linhagem foram submetidas à escravidão, desmentindo ideias preconceituosas sobre inferioridade e ressaltando a violência da perda cultural.
A repetição do verso "Eu quero ver o que vai acontecer" funciona como um refrão de esperança e expectativa, expressando o desejo coletivo por mudança diante da opressão. Quando a letra diz "Quando Zumbi chegar / O que vai acontecer", faz referência direta a Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra no Brasil. A chegada de Zumbi representa uma possível reviravolta, onde "é Zumbi é quem manda", invertendo a lógica do poder e sugerindo justiça e liberdade. A canção, especialmente em sua versão mais intensa de 1976, se tornou um hino de resistência e afirmação da cultura afro-brasileira, transmitindo a esperança por dias melhores.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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