Cigana

Destino e encontro amoroso em “Cigana”, de Jorge & Mateus

Em “Cigana”, Jorge & Mateus transformam a figura mística da cigana em um selo de destino para um amor que chega na hora certa. A passagem da descrença para a confirmação — “eu confesso que na hora duvidei / foi só você chegar pra me convencer” — torna a previsão algo vivido, não apenas ouvido, e dá intimidade ao tema da predestinação. A letra retoma um motivo clássico do sertanejo: o amor que, apesar dos desencontros, era inevitável. “Daria muitas voltas mas ia encontrar você” traduz as tentativas frustradas antes do encontro, enquanto “estava escrito nas estrelas” reforça a certeza de que tudo aconteceria de qualquer forma — a cigana funciona como metáfora dessa inevitabilidade.