
Maracatu Atômico
Jorge Mautner
Tradição e modernidade em “Maracatu Atômico” de Jorge Mautner
“Maracatu Atômico”, de Jorge Mautner, destaca-se por unir imagens do cotidiano a elementos surreais, criando um cenário onde tradição e modernidade se misturam de forma inovadora. O verso “Atrás do arranha-céu tem o céu, tem o céu / E depois tem outro céu sem estrelas” sugere que sempre existe algo além do que enxergamos, funcionando como uma crítica sutil à urbanização e à distância crescente entre as pessoas e a natureza, especialmente relevante no contexto histórico em que a música foi composta. Essa ideia de múltiplas camadas também aparece em “No meio da couve-flor tem a flor, tem a flor / Que além de ser uma flor tem sabor”, mostrando como o simples pode ser complexo e cheio de significados.
A letra utiliza repetições e duplos sentidos, como em “Dentro do porta-luva tem a luva, tem a luva / Que alguém de unhas negras e tão afiadas se esqueceu de por”, misturando humor, mistério e um leve estranhamento. O maracatu, ritmo tradicional nordestino, é combinado ao termo “atômico” e à referência ao “maracatu eletrônico” no final, reforçando a proposta de unir tradição e inovação, algo marcante no tropicalismo e, mais tarde, no manguebeat. Ao afirmar “Quem segura o porta-estandarte tem arte, tem arte / E aqui passa com raça eletrônico maracatu atômico”, a canção celebra a criatividade brasileira e a capacidade de reinventar a cultura, mostrando que o novo pode surgir do encontro entre passado e presente, regional e universal.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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