Calouro Teimoso
Jorge Veiga
Tenho tanta vontade de ser um cartaz internacional
De ver meu nome em manchete de jornal
Gravar um disco e abrir a flor
Ir pra parada, sim, senhor
Acontece, porém
Que minha voz de cana rachada
Só serve mesmo é pra vender cocada
Ou pra gritar quando chegar um rapa
No camelô ali da Lapa
Todo sujeito
Que não tem bossa é sempre teimoso
Me inscrevi até com Ary Barroso
Pensando que ia abafar
Mas dei azar
Quando abri a boca pra cantar um samba
O gongo bateu
A vaia comeu
E o prédio estremeceu
E a estação saiu do ar
Sou o rei da mancada
Eu dou tanto fora que até tenho raiva de mim
Todo louco tem sua mania
É por isso que eu sou sempre assim
Eu dei um agudo lá na fábrica de chita que foi de amargar
Na hora que eu abri a boca
Os operários saíram e foram almoçar
Foi um apito de lascar
Todo sujeito
Que não tem bossa é sempre teimoso
Me inscrevi até com Ary Barroso
Pensando que ia abafar
Mas dei azar
Quando abri a boca pra cantar um samba
O gongo bateu
A vaia comeu
E o prédio estremeceu
E a estação saiu do ar
Sou o rei da mancada
Eu dou tanto fora que até tenho raiva de mim
Todo louco tem sua mania
É por isso que eu sou sempre assim
Eu dei um agudo lá na fábrica de chita que foi de amargar
Na hora que eu abri a boca
Os operários saíram e foram almoçar
Foi um apito de lascar
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