
Venham Mais Cinco
José Afonso
Resistência e união popular em "Venham Mais Cinco"
A música "Venham Mais Cinco", de José Afonso, vai muito além de um simples convite para beber. Lançada em 1973, durante a ditadura portuguesa, a canção rapidamente foi censurada pela PIDE, o que evidencia seu caráter subversivo. José Afonso utiliza expressões populares e metáforas do cotidiano para incentivar a união e a resistência coletiva contra a opressão. O verso “Se o velho estica / Eu fico por cá” mostra a persistência diante das dificuldades, enquanto “De espada à cinta / Já crê que é rei / Dàquém e Dàlém Mar” ironiza a arrogância dos governantes, que se achavam donos tanto de Portugal quanto das colônias.
A canção também expressa o cansaço e a urgência de mudança, como em “Não me obriguem / A vir para a rua / Gritar / Que é já tempo / D'embalar a trouxa / E zarpar”, onde o desejo de partir se mistura à ameaça de protesto. A referência à “bucha dura” e à razão que a sustenta fala das dificuldades do povo, mas também da força moral que os mantém firmes. Ao dizer “Só nesta rusga / Não há lugar / Pr'ós filhos da mãe”, Afonso exclui os oportunistas e traidores, reforçando a ideia de uma luta coletiva e honesta. O trecho final, “Quem trepa / No coqueiro / É o rei”, retoma a crítica aos privilegiados, resumindo o tom de denúncia e resistência que marca toda a música.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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