
Balada Do Outono
José Afonso
Reflexão sobre tempo e perda em “Balada Do Outono”
Em “Balada Do Outono”, José Afonso utiliza o outono como símbolo da melancolia e do declínio, ampliando o significado da canção para além de uma simples referência ao rio Mondego. Ao escolher esse título, o artista transforma o rio em uma metáfora para o tempo e o ciclo da vida, enquanto o outono representa o fim de uma etapa e a aceitação das perdas inevitáveis.
O refrão repetido, “Águas das fontes calai, ó ribeiras chorai, que eu não volto a cantar”, expressa resignação diante da passagem do tempo e das perdas, sugerindo que cantar – entendido como manifestação de alegria ou esperança – já não faz sentido diante do esgotamento emocional. A letra cria uma atmosfera de contemplação, usando imagens como “águas passadas do rio” e “poentes morrendo” para reforçar a ideia de que tudo flui, se transforma e, eventualmente, se perde. O pedido para que as águas se calem e as ribeiras chorem reforça o sentimento de luto e silêncio interior.
Embora José Afonso estivesse se aproximando de movimentos sociais e políticos na época, “Balada Do Outono” marca uma fase mais introspectiva de sua carreira. Aqui, o foco está na dor pessoal e na reflexão sobre o tempo, a perda e a impossibilidade de retornar ao passado, sinalizando o início de uma nova etapa artística voltada para a interioridade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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